Sobre
O acesso ao MUSEU VIRTUAL DA VILA DE ITAPICURU, FAZENDA
ENGENHO CAMUCIATÁ E POVOADO DO MANCO (MVICM) permitirá ao visitante
fazer um passeio pela história da Bahia colonial até os dias atuais. Através do seu
acervo fotográfico e filmagens o internauta terá a oportunidade de conhecer registros
de como chegaram os primeiros colonizadores naquela região, abrindo estradas,
construindo currais, recebendo sesmarias e montando fazendas de gado e engenhos
de açúcar. Paralelamente a esse contexto o museu irá projetar imagens que ajudam a
contar como surgiram as primeiras vilas do nordeste da Bahia, com o exemplo da Vila
Velha e depois Nossa Senhora de Nazaré de Itapicuru de Cima, com a presença da
igreja católica através dos missionários franciscanos que fundaram a Missão da
Saúde. Através de uma rica documentação dos séculos XVIII e XIX irá acompanhar a
trajetória da ascensão de uma das maiores sesmarias e depois fazenda do nordeste
da Bahia: o engenho Santo Antônio do Camuciatá, modelo emblemático do poderio da
sua primeira família proprietária, os Garcia d’Avila e depois comprada pelos Dantas,
que na pessoa do Barão de Jeremoabo a transformou em um dos maiores centros do
poder político, econômico e social da Bahia imperial.
Um dos destaques da coleção documental exposta no museu será as cartas
recebidas pelo Barão de Jeremoabo por políticos e fazendeiros que moravam no
entorno do arraial de Canudos quando estourou o conflito. Essa documentação mostra
a ligação histórica de Itapicuru, cidade por onde entrou Antônio Conselheiro na Bahia,
da fazenda engenho camuciatá e os sujeitos históricos que lá habitavam com o
contexto da guerra fratricida.
O MVICM, após esse tour por séculos de história, apresenta ao visitante o
povoado do Manco formado por descendentes de escravos, índios e portugueses (a
grande maioria deles descendentes dos moradores da fazenda engenho Camuciatá).
Com o objetivo de que essa visita virtual se torne mais próxima da realidade o museu
tem imagens e filmes de caminhos de barro e areia, as chamadas estradas reais e de
tropa onde os carros de bois, cavaleiros e andarilhos transitavam. Acessando o acervo
da comunidade local o internauta entrará em contato com a diversidade cultural
existente no território registrado que é fruto dos saberes e fazeres oriundos das várias
origens civilizatórias que habitam o território, a saber: povos originários, afro-
brasileiros e portugueses.
Todo esse contexto histórico e social está projetado e a disposição do público
em seis salas de exposição intituladas de acordo com os territórios que compõem o
espaço do MVICM. São elas: Missão Nossa Senhora da Saúde e Estrada da Casa da
Torre e das Boiadas rumo a Vila Velha, Aldeia da Serra Velha, Caminho do
Candomblé de Durvalina e do Mucambo, Vila de Nossa Senhora de Nazaré de
Itapicuru de Cima, Fazenda Engenho Camuciatá através da Estrada Real e Povoado
do Manco. Ao entrar em cada sala desta o visitante poderá passear pelas diversas
coleções de fotos que a compõe. Paralelamente, ao final da visita em cada sala, pode
acessar a “Galeria de Vídeos” onde terá acesso a filmagens feitas por drone de cada
território que foi retratado nas salas de exposição, além de filmes e documentários que
retratam a cultura e a práxis concreta da vida dos moradores da região.
O Museu virtual da Vila de Itapicuru, Fazenda Engenho Camuciatá e Povoado
do Manco é na sua essência colaborativo e interativo e traz em seu acervo elementos
oriundos das diferentes culturas que se mesclaram ao longo de quatro séculos de
história se tornando um mosaico colorido pelas cores, músicas, ritmos, sabores e
saberes projetados em seu designe multicultural.
Você vai se encantar com o acervo documental do sobrado do Camuciatá, que
tem documentos do século XVIII e com seu mobiliário da época, bem como com uma
senhora ensinando a fazer rede com a matéria prima utilizada pelos índios da região.
O Museu Virtual irá despertar a memória afetiva e visual quando o visitante se deparar
com o som da zabumba e do pandeiro, oriundos da cultura africana, bem como deixar
a imaginação fluir ao visualizar a fabricação artesanal de um doce caseiro feito em um
tacho de cobre. Ao ouvir o relato da passagem de Lampião contada por um antigo
morador irá se transportar no tempo pela naturalidade e espontaneidade com que o
fato é contado.
Através de instrumentos interativos o visitante poderá participar do museu
colaborando para o aprimoramento do seu design respondendo aos questionamentos
e reflexões propostas, compartilhando novas histórias e acervos, mas sobretudo
construindo diálogos plurais.
Vamos lá conhecer!!