Acervo Museológico
O acervo museológico do sobrado do Engenho Camuciatá foi formado pelo Barão de Jeremoabo quando construiu o palacete, em 1894. Tudo foi adquirido por ele em Salvador e no Rio de Janeiro e grande parte das peças e do material foi importado da Inglaterra e França, como era hábito dos senhores de engenho da época. Os objetos vindos do Rio de Janeiro ou do exterior chegavam em navios no porto de Salvador e de lá eram levados para a estação de trem da Calçada. Após, seguiam até Alagoinhas, onde os carros de bois do barão já estavam aguardando para transportá-los até o engenho, em um percurso de aproximadamente 120 km.
O acervo retrata o gosto e a cultura da classe senhorial brasileira e é bastante diversificado, na medida que foi adquirido para decorar a casa de engenho mais importante e imponente de todo o nordeste da Bahia. Entre as suas principais peças citamos: móveis, lustres, candeeiros, esculturas, artefatos de couro, quadros, pinturas, espelhos, louças, utensílios de barro, sinos, arte sacra, dentre outros.
O visitante que percorrer os salões, quartos e demais cômodos do Museu do Nordeste Barão de Jeremoabo fará uma viagem no tempo, conhecendo a cultura material de uma casa típica de um senhor de engenho e fazendeiro de gado do século XIX.