Instituto Museu do Nordeste Barão de Jeremoabo - O Barão

O Barão de Jeremoabo

O Museu

O Barão de Jeremoabo

Por ser o Barão de Jeremoabo (Cícero Dantas Martins), dentre tantos outros, o personagem que mais se destacou na história da fazenda Engenho Camuciatá, apresentamos sua minibiografia.

Cícero Dantas Martins nasceu no dia 28 de julho de 1838, na fazenda Caritá, município de Jeremoabo.

Foi um político brasileiro, senhor de engenho, fazendeiro e industrial. Era filho de Mariana Francisca da Silveira e do Comendador João Dantas dos Reis. Neto do capitão-mor João Dantas dos Imperiais Itapicuru, um dos heróis da independência da Bahia, descendente da família Dantas, antigos procuradores da Casa da Torre, de Garcia D'Ávila. Cícero Dantas Martins tornou-se o maior fazendeiro de toda a região Nordeste, com sessenta e uma propriedades na Bahia e em Sergipe.

Formou-se bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas em Recife, em 1859. Teve importante atuação política. Foi vereador em Bom Conselho no ano de 1875; deputado pela Bahia por quatro legislaturas (de 1869 a 1872, de 1872 a 1875, em 1877, e de 1886 a 1889); senador estadual na Bahia no ano de 1891. Também se tornou o 1.º intendente eleito constitucionalmente no município de Itapicuru, entre os anos de 1893 e 1896.

Casou-se com Mariana da Costa Pinto, filha de Antônio da Costa Pinto, Conde de Sergimirim, senhor de engenho, unindo, assim, o poder que exercia no sertão àquele exercido por seu sogro, no Recôncavo. Tornou-se o homem mais influente do Nordeste da Bahia.

No ano de 1880, fundou em sociedade com o Conde de Sergimirim, seu sogro e com Antônio da Costa Pinto Júnior, seu cunhado, o Engenho Central do Bom Jardim, a primeira usina de açúcar do norte e nordeste do Brasil e a quinta do país, numa tentativa de modernizar a indústria açucareira. Pela realização desse empreendimento, nesse mesmo ano, recebeu do imperador D. Pedro II, o título de Barão de Jeremoabo.

Além da política, a marca de Cícero Dantas Martins foi a escrita de cartas. Entre os anos de 1873 e 1903, remeteu 44.411 cartas, uma média de 1.432 ao ano. Faleceu em 1903, tendo sido sepultado na Igreja matriz da cidade de Cícero Dantas, deixando dois filhos: João e Antônio da Costa Pinto Dantas.